"Os dentes mudam o sorriso, o sorriso muda a face. A face muda a expressão, a expressão muda a vida!"

sexta-feira, 3 de junho de 2011

FICHAMENTO 10


Avaliação do equilíbrio estático de crianças e adolescentes com síndrome de Down
  Meneghetti CHZI; Blascovi-Assis SMII; Deloroso FTI; Rodrigues GMIII
IDepartamento de Fisioterapia, Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas), Araras (SP), Brasil
IIPrograma de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), São Paulo (SP), Brasil
IIICurso de Educação Física, UPM.

Disfunções no controle postural são frequentemente descritas em crianças com SD e relacionadas com dificuldades como coordenação motora, problemas com integração sensório-motora ou simplesmente como movimentos desajeitosos. Movimentos são considerados desajeitados quando os indivíduos são lentos em se adaptar à tarefa e às condições mutáveis do ambiente ou são menos capazes de fazer ajustes posturais antecipatórios.
Para manter o equilíbrio em qualquer postura, o corpo humano precisa receber informações sobre a sua posição no espaço e sobre o ambiente. Essas informações são recebidas pelo corpo por meio do sistema neural, que integra a informação sensorial para acessar a posição e o movimento do corpo no espaço e o sistema musculoesquelético que gera forças para controlar a posição do corpo, conhecido como o sistema de controle postural.
Os objetivos deste estudo foram avaliar o equilíbrio estático de crianças e adolescentes com Síndrome de Down pela Biofotogrametria Computadorizada e verificar a influência da visão no equilíbrio estático.
Participaram do estudo 25 crianças e adolescentes, sendo 11 com SD, que constituíram o grupo estudado (GE) e 14 crianças e adolescentes neurologicamente normais que compuseram o grupo controle (GC), com características homogêneas de gênero, peso, estatura e idade, sendo essa entre 07 e 14 anos. Os participantes foram recrutados a partir de uma instituição de educação especial e escolas regulares, tendo seus pais ou responsáveis assinado o termo de consentimento livre e esclarecido.
A coleta dos dados da avaliação do equilíbrio estático ocorreu nas dependências da própria instituição à qual a criança pertencia, uma vez que a metodologia aplicada permite a montagem do equipamento em diferentes locais.
Para verificar o efeito da visão nas oscilações dos planos frontal e sagital, foi utilizado o teste de dados pareados, dentre eles o teste t de Student em GE e GC. Para avaliar a normalidade da amostra, foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk. Para comparar as médias dos grupos, foi utilizada análise de variância (ANOVA), que foi feita de maneira independente para cada uma das condições experimentais definidas: oscilação frontal com visão, oscilação frontal sem visão, oscilação sagital com visão e oscilação sagital sem visão, aplicando o teste de Tukey para comparação das médias. O nível de significância usado para todas as análises estatísticas foi de p<0,05.
A compreensão e a quantificação dos movimentos do corpo humano têm despertado grandes interesses em diferentes áreas de conhecimento. A busca de métodos avaliativos eficazes e precisos tem sido uma constante para planejar e programar uma intervenção efetiva.
A Biofotogrametria Computadorizada, além de ser um método fidedigno aos resultados apurados, de alta precisão e consequentemente confiável, permite ainda registrar a imagem em arquivo, possibilitando comparação posterior e mensuração sempre que necessário.
Observou-se que a Biofotogrametria Computadorizada mostrou-se eficiente para avaliação de equilíbrio em pessoas com SD, configurando-se um instrumento importante para os procedimentos de avaliação em fisioterapia. O grupo composto por crianças e adolescentes com Síndrome de Down (GE), avaliado por esse instrumento, apresentou maior oscilação na avaliação do equilíbrio estático quando comparado ao GC.



 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552009000300007&lng=pt&nrm=iso

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