"Os dentes mudam o sorriso, o sorriso muda a face. A face muda a expressão, a expressão muda a vida!"

domingo, 5 de junho de 2011

TAREFAS REALIZADAS- GINCANA

1. Entrevista  ok
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/questao-1-e-unica-que-faltava.html


2.Passar um turno na APAE ok
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/05/visita-apae.html


3.Ler 10 artigos de genética e fazer fichamento ok
1- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-1.html

2- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-2.html

3- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-3.html

4-http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-4.html

5- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-5.html

6- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-6.html

7- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-7.html

8- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-8.html

9- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-9.html

10- http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/fichamento-10.html

4. Escrever um artigo com 15 referências bibliográficas
NÃO FIZ

5.Preparar um painel em junho divulgando o seu BLOG Ok
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/05/gincana-divulgacao-do-blog.html


6.Legendar um vídeo do youtube com tema de genética ok

http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/video-de-genetica.html


7. Montar uma molécula de DNA ok
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/05/questao-7-da-gincana-molecula-de-dna.html


8.Fazer uma marca texto (marca página)ok
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/05/gincana-marca-texto.html




9.Divulgar no seu blog o trabalho do tópico 2  ou do tópico 6 de ao menos 10 colegas ok. 
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/05/tarefa-9-divulgacao-de-videos-concluida.html


10.Ter seu trabalho do tópico 6 divulgado por ao menos 04 colegas em seus blogs. ok.
http://palomafsgn.blogspot.com/2011/06/eles-me-divulgaram.html





ACABEEI, 9 tarefaas feitas.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Questão 1 e a unica que faltava... ;) ENTREVISTA


Nome Completo: Maria de Fátima Pereira Araujo 
Formação acadêmica: Ciências com habilitação em Biologia (URCA)
Carreira Profissional: Professora

1- Qual a sua área de pós-graduação?
 Sou pós-graduada em Biologia

2- O que te levou a se dedicar a Biologia? O que você acha mais importante?
Biologia era a disciplina que eu mais gostava. Sempre a considerei importante e fascinante. Sendo assim não poderia ter escolhido outro curso. 

3- Na sua pós-graduação, desenvolveu algum projeto ou pesquisa?
 Desenvolvi um trabalho sobre aleitamento materno

4- Fale um pouco sobre o seu projeto ou pesquisa?
O trabalho buscou através de pesquisas e entrevistas a jovens com filhos primogênitos recém-nascidos, coletar dados, esclarecer duvidas e destacar a importância da amamentação para o bom desenvolvimento da criança, bem como um pós-parto saudável para a mãe.

5- Teve alguma associação com genética? Como?
Neste trabalho não fez referencia a genética, embora demonstrem que existe relação entre o quociente de inteligência e o leite materno.

6- Tem alguma relação com o desenvolvimento dentário? Como?
 A amamentação ajuda no desenvolvimento saudável da mandíbula. A criança que usa mamadeira executa movimentos “errados” de deglutição, o que pode fazer com que a mandíbula não se desenvolva corretamente, prejudicando a dentição.
7- Como você usa os seus conhecimentos a partir da pós-graduação no seu dia a dia?
A pós-graduação faz você se sentir mais seguro, pois representa um suporte para as suas aulas. São varias pessoas na mesma área, trocando experiências.
Como professora, sinto a necessidade de buscar novos conhecimentos e repassá-los para os meus alunos.

8- Como ja tive um contato com a senhora, sei que é professora do ensino fundamental e médio. Como relacionou a sua pós-graduação com a escola?
 Não foi muito fácil. Acredito que o desejo que eu tenho por conhecimentos foi maior do que as dificuldades. Organizei meu tempo e não deixei trabalho acumulado. Assim deu pra conciliar trabalho e pós-graduação.

9- Gosta do seu trabalho? Pretende aprofundar ainda mais seus conhecimentos? fazer alguma outra especialização?

 Embora a profissão não seja valorizada, não consigo me imaginar em outra profissão. Sou professora de Biologia por vocação. Pretendo fazer um mestrado em Fisiologia Humana.


 Quero agradecer a Fatinha, pela a sua atenção e seu tempo. E parabenizá-la pelas suas conquistas.



Depois colocarei uma foto, porque ainda não tenho.

FICHAMENTO 10


Avaliação do equilíbrio estático de crianças e adolescentes com síndrome de Down
  Meneghetti CHZI; Blascovi-Assis SMII; Deloroso FTI; Rodrigues GMIII
IDepartamento de Fisioterapia, Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas), Araras (SP), Brasil
IIPrograma de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), São Paulo (SP), Brasil
IIICurso de Educação Física, UPM.

Disfunções no controle postural são frequentemente descritas em crianças com SD e relacionadas com dificuldades como coordenação motora, problemas com integração sensório-motora ou simplesmente como movimentos desajeitosos. Movimentos são considerados desajeitados quando os indivíduos são lentos em se adaptar à tarefa e às condições mutáveis do ambiente ou são menos capazes de fazer ajustes posturais antecipatórios.
Para manter o equilíbrio em qualquer postura, o corpo humano precisa receber informações sobre a sua posição no espaço e sobre o ambiente. Essas informações são recebidas pelo corpo por meio do sistema neural, que integra a informação sensorial para acessar a posição e o movimento do corpo no espaço e o sistema musculoesquelético que gera forças para controlar a posição do corpo, conhecido como o sistema de controle postural.
Os objetivos deste estudo foram avaliar o equilíbrio estático de crianças e adolescentes com Síndrome de Down pela Biofotogrametria Computadorizada e verificar a influência da visão no equilíbrio estático.
Participaram do estudo 25 crianças e adolescentes, sendo 11 com SD, que constituíram o grupo estudado (GE) e 14 crianças e adolescentes neurologicamente normais que compuseram o grupo controle (GC), com características homogêneas de gênero, peso, estatura e idade, sendo essa entre 07 e 14 anos. Os participantes foram recrutados a partir de uma instituição de educação especial e escolas regulares, tendo seus pais ou responsáveis assinado o termo de consentimento livre e esclarecido.
A coleta dos dados da avaliação do equilíbrio estático ocorreu nas dependências da própria instituição à qual a criança pertencia, uma vez que a metodologia aplicada permite a montagem do equipamento em diferentes locais.
Para verificar o efeito da visão nas oscilações dos planos frontal e sagital, foi utilizado o teste de dados pareados, dentre eles o teste t de Student em GE e GC. Para avaliar a normalidade da amostra, foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk. Para comparar as médias dos grupos, foi utilizada análise de variância (ANOVA), que foi feita de maneira independente para cada uma das condições experimentais definidas: oscilação frontal com visão, oscilação frontal sem visão, oscilação sagital com visão e oscilação sagital sem visão, aplicando o teste de Tukey para comparação das médias. O nível de significância usado para todas as análises estatísticas foi de p<0,05.
A compreensão e a quantificação dos movimentos do corpo humano têm despertado grandes interesses em diferentes áreas de conhecimento. A busca de métodos avaliativos eficazes e precisos tem sido uma constante para planejar e programar uma intervenção efetiva.
A Biofotogrametria Computadorizada, além de ser um método fidedigno aos resultados apurados, de alta precisão e consequentemente confiável, permite ainda registrar a imagem em arquivo, possibilitando comparação posterior e mensuração sempre que necessário.
Observou-se que a Biofotogrametria Computadorizada mostrou-se eficiente para avaliação de equilíbrio em pessoas com SD, configurando-se um instrumento importante para os procedimentos de avaliação em fisioterapia. O grupo composto por crianças e adolescentes com Síndrome de Down (GE), avaliado por esse instrumento, apresentou maior oscilação na avaliação do equilíbrio estático quando comparado ao GC.



 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552009000300007&lng=pt&nrm=iso

FICHAMENTO 9


Implicações do estresse oxidativo sobre o metabolismo eritrocitário de pessoas com Síndrome de Down
Rinaldo H. Aguilar-da-SilvaI; Thiago P. MoraesII; Gilberto MoraesIII
IDocente de Bioquímica da Faculdade de Medicina de Marília (Famena)
IIResidente de Clínica Médica –Fanema
IIIUniversidade Federal de São Carlos –UFSCar

Um indicador sensível na avaliação do nível de estresse oxidativo são os glóbulos vermelhos, que, durante seu ciclo vital, entram em contato com as mais diversas estruturas orgânicas. Apesar de apresentarem um metabolismo mínimo, este é fisiologicamente significativo, sendo responsável pela manutenção da estrutura da membrana e da hemoglobina, da forma do eritrócito e da defesa contra o dano oxidativo. Sua função como transportador de gases os torna particularmente susceptíveis à oxidação pelo O2 e radicais livres e, assim, diversos parâmetros da integridade e funcionalidade das células vermelhas são negativamente afetados pelo aumento do estresse oxidativo. Deste modo, os eritrócitos se apresentam como marcadores biológicos das agressões tóxicas e oxidantes em diferentes órgãos e sistemas.

No presente estudo foram analisados 24 amostras de sangue pertencentes a indivíduos (6,4 ± 1,3 anos) do sexo masculino, 12 portadores da Síndrome de Down da APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Marília e 12 indivíduos controle. Todos tiveram autorização de seus responsáveis, que foram previamente esclarecidos sobre a pesquisa. O presente estudo foi realizado de acordo com a declaração de Helsinki (1989) e foi aprovado pelo Comitê de Ética da APAE de Marília – SP.

As amostras de sangue foram obtidas por punção venosa e colocadas em tubos de ensaios, um contendo anticoagulante EDTA em solução aquosa a 5% (1 gota/ml de sangue) para a utilização de sangue total e plasma e outro sem anticoagulante para a obtenção de soro.
Os valores médios da SOD-1 foram de 2.191,30 U/g de Hb para o grupo controle e 3.245,20 U/g de Hb para o grupo Síndrome de Down. O teste estatístico mostrou que, no nível de significância de 5%, os valores da atividade no grupo Síndrome de Down são, significativamente, diferentes do grupo controle (P<0,0001), revelando aumento de, aproximadamente, 48% quando comparadas as médias dos dois grupos.

O teste de correlação linear demonstrou que, em nível de significância de 5%, existiu correlação positiva (controle : r=0,59 e Síndrome de Down: r=0,72) entre os níveis da atividade enzimática da SOD-1 e da meta-hemoglobina redutase, em ambos os grupos. O coeficiente de determinação (r2) foi de 35% no grupo controle e 52% no grupo Síndrome de Down.

Os eritrócitos são células altamente especializadas para a função de transporte de O2. Essa atividade só pode ocorrer em decorrência da presença do seu sistema enzimático herdado durante o período eritroblástico, que mantém-se ativo durante o tempo em que eles permanecem na circulação sangüínea. A importância do sistema oxirredutor eritrocitário reside no fato de que, tanto a glutationa no seu estado reduzido, quanto o ferro no estado Fe++, são fatores determinantes na manutenção da integridade funcional do eritrócito, incluindo sua capacidade de deformabilidade e de ligação reversível do O2. Deste modo, os processos oxidativos estão intimamente relacionados ao metabolismo das células vermelhas incluindo a via glicolítica, via das pentoses fosfato, metabolismo da glutationa, metabolismo do NAD e NADP e atividades das enzimas SOD-1 e meta-hemoglobina redutase.

No caso de indivíduos com Síndrome de Down, sujeitos ao estresse oxidativo endógeno crônico, os efeitos sobre a integridade estrutural e funcional da hemoglobina seriam muito mais acentuados. No entanto, observamos aumento da atividade da meta-hemoglobina redutase, o que corrobora os dados de Pantelakis et al25 para Síndrome de Down e o encontrado em outros modelos de estresse oxidativo.26,27,28 Este aumento seria compensação metabólica secundária ao aumento da concentração de meta-hemoglobina, conseqüente ao aumento de radicais livres, como evidenciado pela correlação positiva estabelecida entre as atividades da SOD-1 e meta-hemoglobina redutase.

 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000400009&lng=pt&nrm=iso

FICHAMENTO 8


A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético
Down syndrome and its pathogenesis: considerations about genetic determinism
 Lília MA Moreira, Charbel N El-Hani e Fábio AF Gusmão
Além do atraso no desenvolvimento, outros problemas de saúde podem ocorrer no portador da síndrome de Down: cardiopatia congênita (40%); hipotonia (100%); problemas de audição (50 a 70%); de visão (15 a 50%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); distúrbios da tireóide (15%); problemas neurológicos (5 a 10%); obesidade e envelhecimento precoce. Em termos de desenvolvimento, a síndrome de Down, embora seja de natureza subletal, pode ser considerada geneticamente letal quando se considera que 70–80% dos casos são eliminados prematuramente.
Deve ser também ressaltado que as habilidades intelectuais do Down têm sido historicamente subestimadas. Estudos contemporâneos mostram que a maioria dos Down tem um desempenho na faixa de retardo mental entre leve e moderado. A melhor capacidade cognitiva tem sido atribuída ao mosaicismo cromossômico, além de outros fatores como o conjunto genético do indivíduo e a influência de fatores epigenéticos e ambientais.
O cromossomo 21, o menor dos autossomos humanos, contém cerca de 255 genes, de acordo com dados recentes do Projeto Genoma Humano. A trissomia da banda cromossômica 21q22, referente a 1/3 desse cromossomo, tem sido relacionada às características da síndrome. O referido segmento cromossômico apresenta, nos indivíduos afetados, as bandas características da eucromatina correspondente a genes estruturais e seus produtos em dose tripla.
A elaboração do mapa fenotípico, associando características específicas com sub-regiões do cromossomo 21, mostra que, entre os produtos gênicos conhecidos, só a APP (proteína precursora amilóide) foi decisivamente relacionada à síndrome de Down. O gene correspondente foi mapeado na banda cromossômica 21q21.5 e vários fragmentos da sua molécula foram associados com a inibição da serina protease, adesão celular, neurotoxicidade e crescimento celular. A sua função se manifesta no desenvolvimento do sistema nervoso central, onde é sintetizada tanto em neurônios quanto em células glíares (astrócitos).
Em vista dessa plasticidade, o Comitê da Organização Mundial da Saúde enfatiza a importância dos procedimentos de intervenção precoce no desenvolvimento da criança com síndrome de Down e outras deficiências. Ludlow e Allen e Coriat et al estudaram o efeito da estimulação psicomotora sobre o QI de crianças com síndrome de Down, comparadas a grupos controle com a mesma síndrome e evolução espontânea. As duas investigações foram semelhantes em metodologia e os resultados mostram diferenças significativas entre os dois grupos estudados, favorecendo o desenvolvimento das crianças estimuladas. Ludlow e Allen verificaram QI médio de 82,7 no grupo estimulado e 66,4 nos controles. Além disso, as crianças estimuladas foram mais facilmente integradas na pré–escola e o acompanhamento escolar nos cinco anos posteriores mostra que uma proporção considerável continuou os estudos em escolas regulares (40% em relação a 29% no grupo controle), não obstante a resistência dos professores em aceitar crianças Down em suas classes.
Os estudos referidos nessa seção permitem elaborar a hipótese de que, por meio da experiência ativa obtida por estimulação, pode ser construído um novo padrão de comportamento em pessoas com síndrome de Down, levando a modificações funcionais. Na exata medida em que evidencia a plasticidade fenotípica dos afetados, o sucesso das intervenções psicomotoras e pedagógicas na síndrome de Down mostra como não se pode afirmar que o conjunto fenotípico dessa síndrome seja determinado geneticamente, a despeito de não haver qualquer dúvida quanto ao papel crítico da trissomia da banda cromossômica 21q22 em sua história natural.

 http://www.scielo.br/

FICHAMENTO 7


O papel dos gestos no desenvolvimento da linguagem oral de crianças com desenvolvimento típico e crianças com síndrome de Down

Os gestos são definidos como ações produzidas para fins de comunicação, geralmente realizados usando-se os dedos, mãos e braços, mas podendo também incluir movimentos faciais e corporais. Tradicionalmente, os gestos são divididos em duas categorias: dêiticos e representativos. Os dêiticos seriam aqueles utilizados para estabelecer um referencial, indicando um objeto ou evento e, portanto, sua interpretação depende do contexto em que é realizado. Já os gestos representativos apresentam conteúdo semântico específico.
Tais gestos podem se referir a objetos, significando alguma de suas características (gestos simbólicos), como por exemplo, o gesto de abrir e fechar a mão em frente à boca (comer), ou ser definidos culturalmente (gestos convencionais), como por exemplo, os gestos de dar tchau e de mandar beijo, em que não há um objeto ou ação específica a ser representada.
Os gestos dêiticos são a primeira manifestação da comunicação intencional e sua sequência de desenvolvimento revela um gradual distanciamento do objeto concreto, seguindo na mesma direção do desenvolvimento simbólico.
O objetivo do presente estudo foi caracterizar o papel dos gestos nos estágios iniciais do desenvolvimento da linguagem oral de crianças com DT e crianças com SD, a partir de um amplo levantamento bibliográfico em bases de dados (SciELO, LILACS, PubMed, Dedalus), que abrangeu as duas últimas décadas de estudos na área.
Muitos estudos têm sugerido que as crianças com SD apresentam preferência pelo meio comunicativo gestual ao meio verbal em função das dificuldades na linguagem oral, especialmente em relação aos aspectos fonológicos e morfossintáticos.
A existência de uma "vantagem", pelas crianças com SD, com respeito ao uso de gestos, é controversa segundo a literatura. Estudo realizado a partir de questionários aplicados aos pais demonstrou repertório gestual mais extenso em crianças com SD, quando comparadas a crianças com DT pareadas em relação ao vocabulário receptivo e expressivo. Resultados semelhantes foram posteriormente encontrados por outro estudo.
Estudos recentes têm sugerido que, além do importante papel dos gestos no desenvolvimento da linguagem oral, permitindo à criança comunicar novos significados de forma isolada ou combinada e, portanto, fornecendo-lhe o potencial necessário para a aprendizagem de novas palavras e suas combinações, os gestos também desempenhariam função social nesse processo, na medida em que sinalizam ao interlocutor que a criança já está pronta para receber determinado tipo de input linguístico.
O interlocutor, por sua vez, ao traduzir as produções gestuais da criança, fornecer-lhe-ia o modelo de como expressar suas ideias inteiramente por meio da fala (por exemplo, em resposta ao gesto da criança de apontar para uma boneca, a mãe provavelmente dirá "a boneca", ou se a criança apontar para a bolsa da mãe e disser "mamãe", a mãe provavelmente dirá "é, a bolsa da mamãe").
Portanto, pode-se dizer que os gestos também desempenham papel indireto na aprendizagem de novas palavras ou sentenças, visto que eliciam produções verbais dos adultos, referentes ao objeto foco da atenção da criança. Além disso, os gestos podem consistir em um meio de a criança direcionar o input linguístico que recebe, facilitando assim, seu próprio aprendizado.
Em relação à criança com SD, a literatura aponta que essas crianças geralmente apresentam dificuldades para prestar atenção a estímulos externos, são menos interativas e menos responsivas e, consequentemente, menos engajadas em atividades de jogo e brincadeira com seus pais.
O estudo dos gestos nos estágios iniciais do desenvolvimento comunicativo pode consistir em um meio importante não apenas para a identificação de crianças com alterações de linguagem, mas também para a distinção entre os casos de atraso e de distúrbio.
Quanto às crianças com SD, estudos mais recentes também indicam o valor de predição dos gestos para o desenvolvimento lexical, embora relacionado apenas à compreensão, e com o importante papel de favorecer o aprendizado de novos significados. Já em relação ao valor preditivo do uso de combinações suplementares de gestos e palavras para o uso de combinações de duas palavras, a literatura relata que as crianças com SD, além do atraso para o início da realização de tais combinações, também as apresentam com menor frequência e diversidade quando comparadas às crianças com DT.
As dificuldades de manter a atenção em atividades compartilhadas e a produção de gestos de forma breve e confusa relatadas em crianças com SD, associadas a comportamentos menos sensíveis e responsivos de seus pais, também podem contribuir para as dificuldades de expressão verbal dessas crianças, visto que interferem no recebimento do input adequado e favorável ao desenvolvimento da linguagem oral.


 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342010000300023&lng=pt&nrm=iso